terça-feira, 27 de setembro de 2011

A Profecia ou Revelação XII.


Apocalipse capítulo  XII



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1 E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.

2 E estando grávida, gritava com as dores do parto, sofrendo tormentos para dar à luz.

3 Viu-se também outro sinal no céu: eis um grande dragão vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas;

4 a sua cauda levava após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que estava para dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe devorasse o filho.

5 E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono.

6 E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias.

7 Então houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam,

8 mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou no céu.

9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o Diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.

10 Então, ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo; porque já foi lançado fora o acusador de nossos irmãos, o qual diante do nosso Deus os acusava dia e noite.

11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte.

12 Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Mas ai da terra e do mar! porque o Diabo desceu a vós com grande ira, sabendo que pouco tempo lhe resta.

13 Quando o dragão se viu precipitado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão.

14 E foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.

15 E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para fazer que ela fosse arrebatada pela corrente.

16 A terra, porém acudiu à mulher; e a terra abriu a boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca.

17 E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra aos demais filhos dela, os que guardam os mandamentos de Deus, e mantêm o testemunho de Jesus.

18 E o dragão parou sobre a areia do mar.


1º Agente: A Mulher


1. “E VIU-SE um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo
a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua
cabeça”. 


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“...Viu-se”. No decorrer do Apocalipse, João é escolhido para testemunha ocular do porvir; 43 vezes corrobora, afirmativamente, com o seu expressivo “VI”. Por duas vezes (vs. 1 e 3), neste capítulo, entretanto, aparece o “viu-se” tão generalizado e impessoal. Trata-se de uma ocorrência que não só sua pessoa foi testemunha, mas todos os circunstantes.
I  Um grande sinal. O termo grego “semeion” derivado do hebraico “õth” ou “mõph~eth” é a palavra que comumente significa “sinal” ou “marca distintiva”. Mas nos evangelhos e no livro de Atos dos Apóstolos com freqüência é usado para indicar um “milagre didático”, uma “maravilha”, cuja finalidade é convencer os homens acerca de uma intervenção divina. A expressão ocorre setenta e sete vezes no Novo Testamento. Sendo que nos evangelhos aparece quarenta e oito vezes. Treze vezes ocorre em Atos, oito nas Epístolas de Paulo, uma vez em Hebreus (2.4), e treze no Apocalipse (9.5; 12.1, 3; 13.14, 16, 17; 14.9, 11; 15.1, 2; 16.2; 19.20; 20.4). No Evangelho de João aparece com o significado de “sinal milagroso” (Jo 2.11, 18, 23). Os sinais operados por Jesus eram operados em resposta a uma necessidade ou necessidades prementes, porém, tinham também um significado mais profundo, comunicado ensinos espirituais e contendo elementos proféticos. No presente texto, “o sina” é uma maravilha celestial cujo teor se compõe não só da instrução, mas também da imagem.
II  Uma mulher. A primeira vez que aparece a figura feminina no Apocalipse é no capítulo 2.20. Mas ao todo, temos quatro mulheres representativas no Apocalipse, cada uma delas (com exceção de uma: Jezabel) sendo a expressão de uma reunião de pessoas em um sistema, a saber: (a) Jezabel. Ap 2.20; (b) A mulher do presente versículo. (Ap 12.1; (c) A mulher vestida de púrpura e de escarlata. Ap 17.4; (d) A mulher do Cordeiro. Ap 21.9. Quase que todos os teólogos, seguem neste capítulo, a mesma linha de pensamentos, a saber: A mulher representa a Nação Israelita. Jr 4.31; (em figura de retórica ver Os 1.2, 3). A posição em que foi colocada, recebendo proteção, amor e a iluminação divina, faz-nos pensar em um vulto visto no “céu”. Isto é, nesse caso significa no firmamento. A mulher teria de estar no firmamento, se é que está sobre a lua. Mas a cena é imediatamente transferida para a terra, assim que o filho varão da mulher é dado à luz).

III  Vestida do sol. Estar vestida do sol equivale a estar revestida de luz. Bem perto de Deus, pois “...Deus é sol” (Sl 84.11), e “cobre-se de luz como de um vestido” ( Sl 104.2); A luz é a vestimenta de Deus. Ele é luz. Jesus Cristo é também: “...O sol da justiça” (Ml 4.2). O Dr. J. A. Seiss declara: “Assim como o sol é o rei do dia, assim a lua é a rainha da noite; e assim como estar vestido do sol significa ser glorioso facho de luz para o mundo...”. a grande glória de Israel (vestido de luz) fala de como Deus elevou aquela nação para trazer o Messias (a Luz do mundo), o Redentor Universal.
IV Tendo a lua debaixo dos seus pés. O simbolismo do sol, lua e estrelas sugere um resumo da história de Israel, como se depreende de Gn 37.9. “Assim como a lua está subordinada ao sol e recebe dele sua luz, toda a glória de Israel e sua influência provêm daquele que o comprou, dando-lhe vida. A lua brilha de noite; assim Israel deve brilhar, dar seu brilhante testemunho, em meio às trevas sombrias que se avolumam na era da Grande Tribulação”.
Dado a posição da mulher vestida do sol, evidentemente este, estava posicionado acima desta e esta tendo por pedestal a lua; nesse caso, o sol e a lua estavam em relação um ao outro em posição vertical. Dando a entender que, a lua estava em fase minguante em (“forma de aliança”). Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, isso aponta também para “a aliança eterna” (a lei) que por desobediência Israel colocou “debaixo dos seus pés” (cf. Mt 15.6).
V Uma coroa de doze estrelas. Em razão da Igreja não estar em foco na presente época (a da Tribulação), as doze estrelas representam os doze patriarcas, que são o princípio da formação da Nação Israelita. O simbolismo inteiro faz-nos lembrar, de qualquer modo, do sonho de José, historiado em (Gn 37.9) que diz: “...Eis que ainda sonhei um sonho: e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim”. Assim o sol, a lua e as estrelas lhe prestavam honrarias. Isso certamente fala da nação de Israel. Não devemos pensar na Igreja nesta secção, pois a mesma se encontra ao lado de Cristo nas “bodas do Cordeiro” (cf. Ap 3.10 e 19.9). 



2. “E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsia de dar
à luz”.

 “...com dores de parto”. Essa mulher é um sacrifício vivo, que sofre
qualquer coisa para trazer o Messias ao mundo. A agonia da nação de Israel, afim de que Jesus viesse ao mundo. Esse simbolismo é usado acerca de Israel, nas páginas do Antigo Testamento (cf. Is 66.7, 8) e ilustrado em (Is 9.6); Mq capítulo 5; Mt capítulo 1; Lc capítulo 2; Hb 7.14).
I O nascimento de Apolo foi retratado de modo similar a esta descrição, a qual fala sobre a primeira vinda do Messias. A deusa Leto, que levava um filho infante de Zeus, foi perseguida pelo dragão Fithon, por causa de uma predição que dizia que se ela tivesse um filho, este cresceria e, eventualmente, venceria àquele dragão. Mas, a fim de impedir isso, Zeus ordenou a Boreas, deus do norte, a levar Leto para Poseidon, dando-lhe refúgio em uma ilha, onde ela deu nascimento a Apolo.
(a) “Jo 16.21 ilustra a intensidade e natureza do sofrimento que sobrevirá a qualquer mulher, ao dar nascimento a um filho. Esse emprego é também encontrado em outros lugares no Novo Testamento, como segue:
(b) Em Rm 8.22 – Aqui se fala sobre a criação inteira que aguarda ansiosamente a fruição da promessa de Deus concernente à manifestação dos filhos de Deus, ao fim desta dispensação, quando fará ocorrer aquela operação especial de Deus:

(c) Em Gl 4.19 – O Apóstolo Paulo emprega essa ilustração acerca de si próprio, como luz sobre seus sofrimentos e lutas em favor das igrejas, a fim de que Cristo seja formado nelas. Isso novamente ilustra a idéia de fruição ou concretização dos planos de Deus, sendo também destacada a idéia da nova vida que dessa maneira é conferida aos que crêem:

(d) Em 1Ts 5.3 – Esse texto faz referência ao julgamento repentino que apanhará os ímpios de surpresa, por haverem rejeitado o Cristo; e isso sucederá quando de seu aparecimento (ou segunda vinda), em glória. Esse texto igualmente aludi à culminação de todas as coisas, mas enfatiza particularmente o aspecto da inevitabilidade e da severidade do juízo divino:

(e) A do presente texto (ap 12.2) – Aqui é focalizado o caso de Israel (ainda que seja a nação toda), que foi usado como instrumento para trazer o Cristo, o Messias, ao mundo, o que ilustra novamente a doação da vida a um mundo morto. Em Is 66.8, ilustra um novo surgimento na vida de Israel: “...Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? nasceria uma nação de uma só vez? mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos”.

II  Os profetas descreveram a nação de Israel como quem sofria as dores de parto com o objetivo de traze Cristo a fim de que regesse todas as nações, foi uma longa agonia. Porém, mesmo diante desta grande “ânsia” que durante séculos tem passado a nação, as Escrituras falam como Deus a elevou; primeiro, para trazer ao mundo o Messias, o Redentor Universal; segundo, na glória futura de Israel, como cabeça das nações; e esperando essa manifestação de Israel e da Igreja, há uma ardente expectação de toda a criação que geme (cf. Rm 8.19 a 23).



2º Agente: O Dragão 


3. “E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão
vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeça
sete diademas”.
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 “...um grande dragão vermelho”. O vocábulo grego aqui usado,“drakon”, significa “dragão”, “serpente”, “crocodilo” ou “leviatã” (Jó 41.1). Somos informados de que os antigos cananeus (conforme a descrição existente nos tabletes de Ras Shamra) tinham uma terrível serpente de sete cabeças. O leviatã (cf. Is 27.1); era considerada uma horrenda e “rápida” serpente.

I No presente texto, está em foco “a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo”. É serpente sedutora, mãe das trevas, que é um cão de fogo horroroso. Foi esse terrível ser que personificado numa serpente enganou a pobre mulher (Gn 3.1-13; 2Co 11.3). É afirmado por Matthew Pool eminente comentador da Antigüidade, que o artigo definido em Gn 3.1, é enfático, e por isso se refere a uma serpente especial. E, no hebraico é: “hannachast”, isto é, esta serpente ou essa serpente, significando que não era uma serpente qualquer, ou um simples animal, mas uma personificação do próprio Satanás (cf. Ap 12.9).
II  Em sete livros do Antigo Testamento e em dezenove do Novo, encontramos a figura sombria desta serpente “veloz” chamada “o Diabo”. Ocorre uma vez no plural. Dt. 32.17. Seu nome é a transliteração do vocábulo grego “diabolos”, expressão sempre usada no singular, que significa “acusador”; é aplicado nas Escrituras exclusivamente a Satanás. “Ele é assim chamado, em virtude de suas disposições hostis opondo-se a Deus e aos homens”. No sentido profundo da palavra, significa também “caluniador”, porque tanto calunia a Deus (Gn 3.2), como aos homens (Jó 1.9; Ap 12.10). Em Jo 6.70, tem o sentido de uma “traidor”.

III  Alguns tradutores lhe dão o nome de “Lúcifer” – O resplandecente (Is 14.12). Esse terrível ser foi criado, aparentemente, um dos querubins (Ez 28.14), e ungido para uma posição de grande autoridade, talvez sobre a primitiva criação de Deus, que incluía o Éden mineral (Gn 2.10-12; Ez 28.11-15), mas tornou-se em um grande dragão vermelho após a queda.

IV  Vermelho. “O Sete-Tifom dos egípcios era um terrível crocodilo vermelho; por exemplo, a hidra dos gregos tinha nove cabeças. O azhi Dahaka dos persas era um monstro de três cabeças, e, grotescamente, duas dessas eram serpentes que nasciam de seus ombros”. Nesta secção porém, ele é visto com “sete cabeças e dez chifres” – isso pode ser já uma antecipação do que lemos em 13.2 do mesmo livro, onde o dragão deu à Besta “o seu poder”, e o seu trono, e grande poderio”. É evidente que a Besta e os dez monarcas escatológicos são, agentes de Satanás. Num cômputo geral do significado do pensamento, sua cor vermelha, representa: a cor do pecado, do sangue, do fogo e da violência, qualidades possuídas por Satanás em grau supremo. Isso aponta para sua natureza mortífera; sua astúcia se vê nas sete cabeças, seu poder, nos seus dez chifres, e a sua autoridade nas suas sete coroas.



4. “E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e
lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de
dar à luz, para que dando ela à luz, lhe tragasse o filho”.

 “...sua cauda”. Segundo o Dr. H. L. Sr, “a cauda, representa a parte mais perigosa do dragão, é como um grande cometa neste monstro (cf. Dn 8.10). Assim (Is 9.15) assemelha o profeta mentiroso a uma causa, o poder e influência malignos de Satanás como mentiroso e enganador são semelhantemente descrito”. Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, isso também aponta seu “baixo caráter” (Dt 28.13; Is 9.15) sua influência daninha – “derribou um terço das estrelas do céu”. Multidões que brilhavam no ordenado firmamento de Deus se tornam meteoritos carbonizados por causa do dragão.

I E lançou-as sobre a terra (as estrelas). Esse versículo apresenta um segundo quadro da revolta original de Satanás quando se rebelou contra Deus no passado. A causa da queda (pecado) foi o orgulho (Ez 28.1 e ss); quando ele disse em seu coração. O “eu subirei” (Is14.13), ali o pecado teve início. Mas, como “um abismo chama outro abismo” (Sl 42.7), ele queria se assentar “sobre a cadeira de Deus” (Ez 28.2), e ser semelhante ao Altíssimo (Is 14.14; Ez 28.6), chegou até dizer: “...eu sou Deus” (Ez 28.2); queria estabelecer seu trono na região setentrional: (região norte) do céu (Is 14.13); mas foi frustrado o seu plano, e ele com “grande ira” abriu uma “cisão” no exército celeste e, conquistou a “terça parte” das estrelas (anjos) do céu. Provavelmente, essa batalha teve lugar na região norte do céu (estelar) onde existe um “vazio” (cf. Jó 26.7; Is 14.13; Jr 1.14).

Nesta secção do Apocalipse, temos uma nova investida de Satanás durante o tempo da Grande Tribulação, na primeira revolta, ele conquistou os anjos “que não guardaram o seu principado...” (Jv v. 6), e os lançou no “espaço” (cf. Ef 2.2 e 6.12). Nesta segunda investida, seu maior desejo era reconquistar “seu lugar no céu” (v.8) mas novamente é frustrado o seu plano e ele com “grande ira” usou novamente “sua cauda”, derribando com ela “a terça parte” de seus anjos que estavam no espaço e os lançou sobre a terra que os mesmos lançassem uma “investida mortal” contra os homens durante a Grande Tribulação (cf. 12.12).

II  E parou diante da mulher. Conforme o original o dragão se “deteve”, isto é, “pôs-se de pé”, conforme diz literalmente o grego. Plínio mostra que os antigos concebiam os dragões como feras que normalmente se punham de pé. Como as Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe; a presente passagem pode ter sua aplicação desde o Éden, até ao tempo “da plenitude dos tempos” (cf. Gl 4.4). Pode-se fazer certa comparação com a narrativa sobre Faraó, monarca egípcio. Ele procurou matar aos meninos israelitas (cf. Êx 1.15 e ss; Sl 85.13; Is 21.1; 51.9 e Ez 29.3). Herodes tentou fazer a mesma coisa (cf. Mt 2.13 e ss). Esses eventos foram inspirados pelo próprio Satanás, seu objetivo, não era somente conseguir matar a Cristo, mas o texto diz claramente; “queria-o tragar”. E assim, aniquilar o plano de Deus, de trazer Seu Filho ao mundo como o Salvador da Humanidade.



3º Agente: O Menino

5. “E deu à luz um filho varão que há de reger todas as nações com
vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono”.

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“...um filho varão”. Cremos está aqui em foco, a pessoa de Cristo. “O FilhoVarão”. Não se trata de Cristo “misticamente concebido”, nos membros da Igreja. A citação do Salmo 2.9, aplicada a Cristo em todo o contexto da Igreja Primitiva, afirma-nos que o Filho da mulher vestido do sol é o próprio Cristo nasceu para reinar (cf. Gn 3.15; Sl 2.9; 110.5, 15; Dn 4.26; Ap 12.5; 19.15). O sentido geral deste versículo é que Cristo, mediante sua ressurreição e ascensão, frustrou os desígnios malignos e destruidores de Satanás. A ascensão do Cristo é expressa com as palavras: “...e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono” (cf. Mc 16.19; Lc 24.50, 51; At 1.9; 7.56; Ap 3.21). Nada se diz aqui da morte do filho varão à não ser no versículo 11 desta secção, uma vez que ele é ligado com Israel e com a regência de todas as nações, ambas as quais dependem de seu nascimento e ascensão ao trono.

I Reger todas as nações. Essa alusão feita no presente texto, refere-se ao governo milenial de Cristo, após o término da Grande Tribulação. Naquela época, Ele governará como monarca absoluto, mas também será o Sumo – Pastor. O grego diz literalmente “poimaino”, “pastorear” ou “cuidar”. Essa palavra é empregada por 11 vezes nas páginas do Novo Testamento (cf. Mt 2.6; Lc 17.7; Jo 21.16; At 20.28; 1Co 9.7; 1Pd 5.2; Jd v. 12; Ap 2.27; 7.17; 12.5 e 19.15). O reinado de ferro das nações será quebrado por aquele que vem pastore-las com “vara de ferro”. Aqui o domínio significa “guiar como um pastor”, e “vara de ferro”, não significa “dureza” e sim, um método inquebrantável no governo de Cristo. 



6. “E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por
Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias”.



 “...a mulher fugiu para o deserto”. Este será o “...lugar preparado por Deus” durante a Grande Tribulação. No ano 70 d.C. Deus preparou a cidade de Pella, uma das cidades de Decápolis, como “refúgio” para os crentes fiéis que creram nas advertências do Senhor. Eles ali ficaram por trás do “deserto” da Judéia e de Moabe, e assim escaparam da grande destruição da cidade e de seus moradores.

I Cremos que por determinação do conselho e pré-conhecimento de Deus, provê-se um lugar de segurança e manutenção para o remanescente. Sugerem-se que este lugar de “refúgio” seja Petra, no monte Seir, na terra de Edom e Moabe. Sela ou Petra, a cidade da rocha é uma das maravilhas do mundo (localizada ao sudoeste do mar Morto), como um possível esconderijo. Podendo acomodar 250.000 pessoas, assim ofereceria proteção excelente. Esta região demarcada por Deus e denominada de “o deserto”, é chamada também de: (a) “lugar”. Ap 12.6; (b) “refúgio”. Is 16.4; (c) “quartos”. . Is 26.20, etc. Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, “deserto” significa um lugar de “isolamento” (Sl 55.5-8), aqui, porém, refere-se “...ao deserto dos povos” (Ez 20.35). Será: “EDOM E MOABE, E AS PRIMÍCIAS DOS FILHOS DE AMOM” (cf. Dn 11.41); esses serão os únicos países que escaparão da influência do Anticristo, durante a Grande Tribulação. O Egito não escapará (Dn 11.41-42).

II EDOM ou EDUMÉIA: geograficamente este país encrava-se na região montanhosa entre o mar Morto e o golfo de Acaba; estende-se para dentro da Arábia Pétrea”.
III  MOABE: encrava-se no sueste do mar Morto; era separada dos amonitas pelo
rio Arnon.
IV  AMOM: encrava-se na região nordeste do mar Morto; hoje, esses três países
ou povos se fundiram em tribos árabes”: Orígenis.

V  Esta área reservada por Deus naqueles dias e servirá de “refúgio perante a face do destruidor” (Is 16.4). O Monte Sião será também demarcado (cf. Sl 125.1; Ob v.17; Ap 14.1). Todos esses acima citados, se transformarão no “deserto de Deus” preparado para a “mulher perseguida” (o Israel fiel) durante o tempo da “angústia de Jacó”. Vide as seguintes escrituras sobre o assunto: (Sl 60.8-12; Is 16.4; 26.20; 64.10; Jr 32.2; 40.8-9; Ez 20.35; Dn 11.41; 12.1; Os 2.14; Ob vs. 17, 20; Mt 24.36; Ap 12.13-17).

VI  A mulher perseguida nesta passagem, representa, sem dúvida, o “remanescente de Israel” (Sl 3.13). Nos dias de Elias, este remanescente foram os 7.000 que não se dobraram diante de Baal (1Rs 19.18; Rm 11.4); “Nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá”, Deus reservou para SI “um resto”, como declara o profeta Isaías (Is 1.9; Rm 9.29); os que voltaram do cativeiro com Neemias e Esdras, eram remanescentes (Ed capítulo 2 e Ne capítulo 7). No Novo Testamento, são eles: Os pastores, Zacarias, Izabel, Simeão, a profetisa, Ana, Maria, mãe de Jesus e João batista; durante o tempo presente, o restante se compõe dos judeus crentes (Rm 11.4-5); durante a Grande Tribulação: “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o REMANESCENTE é que será salvo” (Rm 9.27). O remanescente desta secção se compõe de duas partes (os 144.000 e o restante da semana da mulher). Nessa época, eles são comparados a ‘orvalho”, e no Milênio, a “leão” (Mq 5.7-8), alguns deles sofrerão a morte, par completar um número. (Cf. 6.11), o restante será assinalado e guardado por Deus “no deserto”.



4º Agente: Miguel


7. “E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra
o dragão e os seus anjos”.

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 “...Miguel”. A literatura judaica ensinava que em toda a esfera celestial havia “sete arcanjos”: (Gabriel, Miguel, Remuel, Raquel, Rafael e Saracael e Uriel). Os autores do livro de Enoque falam disso, mas as Escrituras só designam apenas um: Miguel como Arcanjo (1Ts 4.16; Jd v.9). Podemos depreender que antes de sua queda Lúcifer era também um arcanjo, igual a Miguel (cf. Ez 28.1 e ss).

II O arcanjo. O prefixo “arca” ou “arqui” sugere um anjo-chefe, principal ou poderoso. Assim, Miguel é agora o anjo acima de todos os anjos, reconhecido como o primeiro príncipe do céu. É como o primeiro-ministro da administração divina do universo, sendo o “administrador angélico” de Deus para o juízo”. A expressão “o Arcanjo”: só é usada em duas passagens do Novo Testamento (1Ts 4.16 e Jd v.9). Designa algum altíssimo poder angelical, dotado de autoridade sobre larga área, celestial ou terrena. No Antigo Testamento, Miguel aparece primordialmente identificado com Israel como nação. Desse modo, Deus fala dele como o príncipe do povo eleito: “naquele tempo (da Grande Tribulação) se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levantará pelos filhos do teu povo...” (Dn 12.1 e ss). Ele defende e protege em caráter especial o povo eleito de Deus. Seja como for, ele é sempre visto como o Arcanjo representado!

II  Miguel entra em foco nas seguintes passagens: (Dn 10.13, 21; 12.1; 1Ts 4.16; Jd v.9; Ap 12.7). Em Daniel 10.13, 21 e 12.1, ele é pintado como o anjo chefe e guardião de Israel. Ele ali é também chamado “...um dos primeiros príncipes” e “...vosso príncipe” (10.13, 31). Nessa capacidade que lhe é peculiarmente apropriado que fosse o arcanjo. Alguns teólogos o chamam de “o mensageiro da lei e do julgamento” de Deus. Comandando os exércitos que combatem Satanás o grande dragão, e todos os seus anjos. Miguel sempre se destaca isolado! De vez que a Bíblia nunca se refere a arcanjos, apenas ao “Arcanjo”. Seu nome “Mikhã’~el”, que significa “quem é semelhante a Deus?”. No hebraico é sinônimo de Macaias e Mica. É nome pessoal de 11 personagens mencionadas nas Escrituras, apenas uma delas recebe mais do que uma referência passageira. Essa exceção é o Arcanjo Miguel:

(a) Em Daniel 10.13, 21 e 12.1, sua missão específica é guardar, e proteger a nação israelita. Mas, é óbvio, pois, que suas atividades são as mais variadas, envolvendo uma vastíssima área. Isso nos fornece algum pensamento quanto a sua piedade, mesmo sendo guerreiro, e poderoso, e suas revelações no tocante ao ministério dos anjos dos quais se destaca como comandante:

(b) Em 1Ts 4.16, nos é dito que, o Arcanjo em foco virá com Jesus na sua Vinda. Isso nos leva a entender que, os anjos cooperam também no ministério da salvação (Hb 1.14). E outras passagens correlatas:
(c) Em Judas versículo 9, ele é visto a contender com o diabo “...a respeito do
corpo de Moisés”:

(d) em Apocalipse 12.7, ele é visto a combater o “diabo e seus anjos” em defesa do céu. Em todas as passagens em que Miguel aparece no cenário da História Angelical, é sempre citado em conexão com a guerra e sempre triunfante.



8. “Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus”.

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“...nem mais o seu lugar se achou nos céus”. A batalha mais significativa de toda a história do mundo vai ser agora preparada. Forças celestes e forças infernais encontrar-se-ão neste conflito sombrio. “João apresenta os Aliados (Miguel e seus anjos) e os Opositores (Satanás e seus anjos). A frase “guerra no céu” é um tanto espantosa. Depois do “silêncio no céu” (8.1) temos a “guerra no céu”. Por “céu” onde se ferirá a batalha não devemos compreender a presença imediata de Deus, mas a esfera que Satanás ocupou desde que foi expulso do lugar da habitação de Deus por causa de sua rebelião. O versículo em foco mostra como Satanás será expulso do céu (comparar com Jó 1.6), embora para nós parece difícil o acesso de Satanás à real câmara celestial. Ele perderá de uma vez por todas, “seu lugar nos céus”. Isso significa que ele será derrubado de qualquer posição que, no presente, lhe seja permitida (tal como se vê em 1Rs 22.21; Jó 1.12; Zc 3.1), sendo projetado na terra. este versículo é o paralelo espiritual de (Is 4.7): “...resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”.

I  Não pode haver vitória sem a decisão de resistir e lutar. Até o próprio Jesus foi forçado a resistir; e até mesmo sua batalha contra o mal não foi fácil. Alguns dos seguidores do Senhor tiveram de resistir até ao derramamento de sangue, embora outros não tenham resistido tanto (cf. Hb 12.4).


9. “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o
Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e
os seus anjos foram lançados com ele”.

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 “...a antiga serpente, chamada o Diabo”. Na tradição judaica posterior,Satanás é promovido à posição de comandante do mal, atribuição essa que, originalmente, não estava vinculada ao seu nome. Nesses escritos, a Satanás é conferida grande variedade de designações, como Beliar ou Belial, Azazel, Sammael, Mastema, Asmodeus, Beelzebú (ver notas expositivas em 12.3). Nas páginas do Novo Testamento, esse título e’empregado por 38 vezes (Mt 4.10; 12.25; 16.23; Mc 1.13; 3.25; 4.16 e 8.33; Lc 4.8; 10.18; 13.15; 22.3, 31; Jo 13.27; At 5.3; 26.18; Rm 16.20; 1Co 5.5; 7.5; 1Ts 2.18; 1Tm 1.20; 5.15; Ap 2.9, 13, 24; 3.9; 12.9 e 20.2, 7). A passagem de Lucas 10.18, pode ser paralela no que diz respeito ao tempo a desta secção, onde se lê: “Eu via Satanás, como raio, cair do céu”. Desde sua expulsão dos céus, o seu caminho tem sido o da “descida”: para os ares (Is 14.12; Ef 2.2), para terra e o mar (Ap 12.12); para o abismo (Ap 20.1-7); para o lago do fogo (Ap 20.10); seu destino final!



10. “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”.

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 “...o acusador de nossos irmãos é derribado”. (Esses versículos 8 e 9
do Apocalipse são os versículos centrais dos 404 que este livro contém). O dragão

na qualidade de “destruidor”, é um “leão que ruge” (1Pd 5.8); e na qualidade de “enganador”, é uma “serpente sedutora” (Gn capítulo 3.1 e ss). Mas, na qualidade de “Diabo”, é “acusador em grau supremo”. No grego, o particípio presente é usado como se fora um substantivo, com o artigo definido: “o acusante” dando a entender alguém cuja tarefa permanente é seu trabalho destruidor. Nesta condição de “acusador” ele é homicida tanto da vida física como espiritual (Jo 8.44). Nas palavras do vidente João, ele aponta algo parecido com a história de Jó. E, evidentemente, estão em foco, na palavra “irmãos”, os mártires (como se vê no décimo primeiro versículo desta secção) aos quais Satanás perseguirá especialmente. Mas já que a alusão é à primeira porção do livro de Jó, também devemos pensar na questão em termos universais.

11. “E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu
testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte”.

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 “...eles o venceram pelo sangue do Cordeiro”. Essas palavras podem ser confrontadas com Rm 8.31 e ss. Nada pode voltar-se contra nós e obter sucesso, se somos favorecidos por Deus, mediante o sangue de Cristo. Alguns dos escritos paralelos do judaísmo, tinham, freqüentemente semelhança no Apocalipse, por exemplo: “Os judeus tinham uma tradição que dizia que o “acusador de nosso irmãos” acusa os homens todos os dias do ano, exceto no dia da expiação”. Assim sendo, para o crente, todo o dia é um dia de expiação, e o precioso sangue do cordeiro de Deus, lhe proporciona o direito de ser sempre vencedor, tanto no tempo presente como na eternidade futura. A vitória é sempre por meio da pessoa de Cristo (2Co 2.14). Este versículo aponta para um segundo meio de vencer: “...e pela palavra do seu testemunho”. Em outras palavras foram fiéis como mártires, sustentando até ao fim a profissão cristã, a despeito de uma horrenda oposição. A graça ao fim a profissão cristã, a despeito de uma horrenda oposição. A graça de Deus deve ser correspondida pela vontade humana positiva, pois, de outro modo, a graça será anulada em sua operações.



12. “Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que
habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira,
sabendo que já tem pouco tempo”.

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“...o diabo desceu a vós, e tem grande ira”. O termo usado aqui para descrever “grande dia”, significa “raiva fervente”. Sua “grande ira” é vista novamente no versículo 17, ilustra o que lemos em Jo 7.23, que diz: “...indignais-vos contra mim...”. São palavras do Filho de Deus a homens inspirados por Satanás. Encontramos aqui a única ocorrência da palavra, em todo o Novo Testamento, que no grego significa “fiel”. O verbo estar bilioso, como o sentido de “ira amarga e profunda”. Nesta secção é dito que ele “...tem pouco tempo”. Essa é uma das causas de sua “grande ira”, pois lhe restam apenas três anos e meio depois vem sua prisão (Ap 20.1 e ss). É esse o único lugar na Bíblia que nos leva a entender o limitado conhecimento (onisciência só para Deus) futurístico de Satanás: três anos e meio. Sobre isso o leitor deve observar bem a frase: “...sabendo que já tem pouco tempo”. Profeticamente, isso aludi ao tempo da Tribulação, ou, talvez, à porção da mesma em que o Anticristo mostrar-se-á mais ativo, chamada de “Grande Tribulação”. É evidente que o mal pertence ao tempo; a benignidade pertence à
eternidade.



13. “E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a
mulher que dera à luz o varão”.

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“...perseguiu a mulher”. O presente versículo dá prosseguimento à narrativa iniciada no primeiro versículo deste capítulo. A “mulher”, que representa a nação de Israel, deu à luz a um “menino”, que é Cristo (cf. Gl 4.4). O dragão procurou devora-lo, mas não obteve êxito nisso. E, esta razão ele voltará a sua ira contra a “mulher” (os fiéis do tempo da angústia), e a sua “semente” (toda a nação). A mulher foi perseguida pelo dragão, primeiramente no céu (v.4), e depois na terra (v.15). A cena é primeiramente descrita como quem está “no céu”, depois como quem está “na terra”. Alguns vêem nisso a “queda de Israel”. Essa interpretação é possível. A apostasia e a rejeição de Cristo retiraram da nação de Israel a sua antiga glória, como também a aprovação divina. Contudo Deus cumprirá todas a suas promessas por amor aos patriarcas.


14. “E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que
voassem para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e
tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente”.

 “...duas asas de grande águia”. Para aqueles que interpretam o Apocalipse do ponto de vista filosófico, acham que haveria aqui uma referência mitológica à narrativa da deusa Isis, sua história conta como ela escapou de Sete- Tifom, o terrível crocodilo do Nilo, ao voar para fora de seu alcance. Outros porém, advogam que “as duas asas” simbolizariam o Egito e a Babilônia respectivamente (Ez 17.3, 7, 12, 15 e ss), mas dificilmente esta forma de interpretação combina com o argumento principal. Para nós, as “duas asas de grande águia” significa a proteção de Deus e os meios por ele usados. Seu cuidado e livramento são indicados desta maneira: “Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia, e vos trouxe a mim” (Êx 19.4); “Achou-no na terra do deserto... como a águia desperta o seu ninho, se move sobre os seus filhos, estende as suas asas, toma-os e os leva sobre as suas asas, assim só o Senhor o guiou...”(Dt 32.10- 12). Entre as criaturas que estão dentro dos limites de nossa visão, aquelas que possuem “asas”e “voam”, exemplificam as dotadas de maior velocidade. Assim vemos nestas “asas” meios sobrenaturais (o poder angelical: 8.13, ed. atual) e naturais (a própria natureza: v.16).

I Um tempo, e tempos, e metade de um tempo. A presente expressão tem seu fundo histórico na passagem de Daniel 7.25. G. H. Pember diz que o sentido é: “um ano, dois anos, e metade de um ano”, mas como diz Pember, por que se diz “tempo, e tempos, e metade de um tempo”, em vez de três anos e meio? Aparentemente não sem razão, pois segundo o modo judaico de calcular, três anos juntos precisariam do acréscimo de um mês, de maneira que o período seria 1.290 dias (Dn 12.11) em vez de 1.260 dias (Dn 7.25; Ap 11.2, 3; 13.5); mas, referindo-se a um dos anos separadamente evita-se este resultado. Isso é confirmado em Ap 11.2, 3 quando a cidade de Jerusalém será pisada pelos gentios durante o tempo de 42 meses. 



15. “E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher água como um
rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar”.

 “...água como um rio”. Havia entre os egípcios uma lenda sobre Sete-Tifom, o terrível crocodilo que procurou afogar a deusa Isis com uma inundação. Isso seria realizado pelas correntes do Nilo. Seu objetivo era matar tanto a deusa como seu filhinho (Horus). Mas a terra ajudou a deusa Isis, absorvendo facilmente a água. E assim ela triunfou. Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, um rei poderoso, comandando os seus exércitos, é comparado a “uma corrente de águas”, conforme Is 8.7: “Eis que o Senhor fará vir eles as águas do rio, fortes e impetuosas, isto é, o rei da Assíria...”. Em Os 5.10 temos o simbolismo de Deus a enviar sua ira como “corrente de água”. Em sl 33.6 e 124.4; Is 43.2, lemos que os ímpios engolfam os justos, como se fossem “uma inundação”. Em Is 59.19 o inimigo é visto perseguindo a Israel “como uma corrente de água”. No texto em foco, cremos que o sentido é o mesmo, isto é, a “corrente de água” que o dragão lançou de sua boca, é retratado como “um poderoso exército” composto de súditos da Besta. Mas a exemplo de Core e de seu grupo, foram tragados pela própria terra (Nm capítulo 16).



16. “E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca e tragou o
rio que o dragão lançara da sua boca”.

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 “...e a terra ajudou a mulher”. Deus usará novamente a terra como o fez no passado (a própria terra da Palestina) mormente “EDOM, E MOABE, E AS PRIMÍCIAS DOS FILHOS DE AMOM” (Dn 11.41). Essa “corrente de água” (o exército) será absorvida antes de ter alcançado o lugar de “refúgio” preparado por Deus (Is 16.4). Deus usará tanto meios naturais como divinos. O certo é que a terra serviu de “bandeira” como diz o profeta Isaías (59.19): “...vindo o inimigo como uma corrente de água, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira”. Alguns expositores do Apocalipse interpretam literalmente estes dois versículos (15 e 16); e, na realidade, nada há que impeça sua realização literal. Na passagem de Nm 16.31 diz que acabando Moisés de falar “...a terra que estava debaixo deles se fendeu. E a terra abriu a sua boca, e os tragou... e eles e tudo o que era seu desceram vivos ao sepulcro, e a terra os cobriu...”. O Salmo de número 55.15 retrata o assunto da mesma maneira: “A morte os assalte, e vivos os engula a terra...”. Seja como for, a proteção assegurada por 1.260 dias “fora da vista da serpente”. A terra, já que pertence a Deus, em última análise, está ao lado da bondade. Deus finalmente, fará o sistema da “terra” ficar submisso a si mesmo, quando do reino milenial de Cristo. O que Deus fará lá, pode ter sua introdução aqui (cf. Ec 3.15).

5º Agente: A semente da Mulher

17. “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da
sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o
testemunho de Jesus Cristo”.
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“...irou-se contra a mulher”. É esta já a oitava vez que aparece esta figura feminina nesta secção: (vs. 1, 4, 6, 13, 15, 16, 17). C. C. Ryrie indica que a palavra grega aqui traduzida por “resto” ou “restante” conforme aparece no Apocalipse, “aplica-se a grupo de indivíduos selecionados, e não necessariamente a um remanescente espiritual”. Naturalmente, essa semente da mulher perseguida, são aqueles que sobraram do número dos assinalados: os 144.000 (7.1-8); são os que guardam os mandamentos de Deus (a lei), e têm o testemunho (da morte de Cristo). Verdade é que profeticamente falando, João via Israel e a Igreja Cristã sofrerem perseguições. Mas, não devemos aplicar o presente texto à Igreja do Senhor, pois esta se encontrará, ao lado de Cristo, nas bodas do Cordeiro. Portanto, o resto da semente da mulher perseguida, sem dúvida, é Israel.  



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Que o Deus,o Senhor Abençõe Abundantemente!



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