segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Profecia ou Revelação X


Apocalipse capítulo  X




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1 E vi outro anjo forte que descia do céu, vestido de uma nuvem; por cima da sua cabeça estava o arco-íris; o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo,
2 e tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra,
3 e clamou com grande voz, assim como ruge o leão; e quando clamou, os sete trovões fizeram soar as suas vozes.
4 Quando os sete trovões acabaram de soar eu já ia escrever, mas ouvi uma voz do céu, que dizia: Sela o que os sete trovões falaram, e não o escrevas.
5 O anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita ao céu,
6 e jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora,
7 mas que nos dias da voz do sétimo anjo, quando este estivesse para tocar a trombeta, se cumpriria o mistério de Deus, como anunciou aos seus servos, os profetas.
8 A voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: Vai, e toma o livro que está aberto na mão do anjo que se acha em pé sobre o mar e sobre a terra.
9 E fui ter com o anjo e lhe pedi que me desse o livrinho. Disse-me ele: Toma-o, e come-o; ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel.
10 Tomei o livrinho da mão do anjo, e o comi; e na minha boca era doce como mel; mas depois que o comi, o meu ventre ficou amargo.
11 Então me disseram: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas, e reis.

1. “E VI outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e
por cima da sua cabeça estava no arco celeste, e o seu rosto era como o
sol, e os seus pés como colunas de fogo”.



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“...vi outro anjo”. A começar por Ap 4.1, o autor sagrado passou a escrever e a falar como se estivesse no céu, contemplando os acontecimentos como se estivesse ali. Agora ele se acha de volta a terra, porquanto viu o “anjo forte, que descia do céu”. O leitor deve observar que, entre a sexta e a sétima trombetas temos um parêntese impressionante na secção tópica, na qual João viu: o anjo forte, o livrinho, uma cana semelhante a uma vara, as duas testemunhas e o terremoto. Observando que os paralelos literários têm tais descrições acerca ou de Deus ou do Filho do Homem, muitos crêem que somente Cristo pode estar em foco nesta visão. Outros eruditos opinam porém, que a pessoa desta visão não seja o Cristo. O anjo forte é visto em plena “tribulação” e não há qualquer evidência (segundo eles) de que Cristo descerá a “terra” nesse período. Verdade é que, a palavra “outro anjo” – que aparece nas seguintes passagens (7.2; 8.3-5; 10.1; 14.15, 17; 18.1). É ele simplesmente outro anjo ou é alguém especial? Sempre que se usa a frase “outro anjo”, no Apocalipse, especialmente nas passagens citadas usa-se a palavra grega allos – outro da mesma espécie. Muitos expositores acreditam que a expressão, implica a presença de Cristo ou de Deus em forma Angélica. Para nós este anjo é o Senhor. Antes da abertura de sétimo selo, Ele aparece na sua dignidade sacerdotal (8.3) agora, antes do toque da sétima trombeta, aparece da mesma forma, como “anjo forte”.

I  Vestido de uma nuvem. “Observe o aspecto deste personagem augusto. A claridade do sol brilha em suas feições, e toda a ira do fogo queima em seus pés. Veja o seu vestido! Sua veste é composta de nuvens, e a cortina do céu flutua sobre seus ombros. O arco-íris serve-lhe de diadema, e o que circunda o céu num circulo glorioso é ornamento de sua cabeça. Contemple sua altitude! Um pé está sobre o oceano e o outro descansa sobre a terra. A terra larga e extensa e o mundo das águas sevem de pedestais destas colunas poderosas. Considere sua ação!...”.

II  O arco celeste. A luz que rebrilhava de seu ser formava um “arco-íris”. Já tivemos ocasião focalizar sobre o símbolo do “arco-íris” em notas expositivas em Ap 4.3. Supomos que isso continua a simbolizar a “esperança”, tal como o arco-íris, quando do término do dilúvio, indicou o fim do castigo universal por meio da água. Essa descrição do arco-íris segue a regra que quando Cristo é mencionado, alguma frase especial sempre está em foco. Aqui, entretanto, é acrescentado o arco-íris, que é o sinal do propósito divino de redimir e não de destruir o mundo e a raça humana.

III O seu rosto era como o sol. Assim também, está declarado em Ap 1.16; ali é dito que a “fisionomia” de Cristo era brilhante “...como o sol, quando na sua força resplandece”. O Dr. R. N. Champrin, Ph, D. diz que isso significa: “poder, majestade e glória são assim simbolizados. O sol também é o doador da vida, mediante sua luz e calor. Cristo é a “luz do mundo”; e também comparado ao “sol da justiça” (Ml 4.2)”.

IV Seus pés como colunas de fogo. A expressão “pés como colunas de fogo” foi tirada do texto grego de (Nestlé-Marshaall). Poucas versões registram” pernas como colunas de fogo”. Tendo em vista, provavelmente, o aspecto, o aspecto de “colunas”. De qualquer forma, as idéias se completam no conjunto: perna e pé. O autor sagrado tem em mente a firmeza de Cristo ao aludir seus pés ou pernas como colunas. Os trechos de Ez 1.7 e Dn 12.7; são paralelos da passagem em foco. Em Ap 1.15, Cristo é descrito como quem tem “pés como latão reluzente”, e quase exatamente o mesmo sentido está contido aqui.

2. “E tinha na sua mão um livrinho, e pôs o seu pé direito sobre o mar,
e o esquerdo sobre a terra”.


 “...um livrinho aberto”. Tal como diz em Ap 5.1, 7. A mão do anjo na qual estava o livrinho, provavelmente, era a “direita” conforme se depreende de Dn 12.7 e o contexto do quinto versículo desta secção. Devemos observar que os livros que trazem mensagens no apocalipse são primeiramente vistos na mão de Deus Pai (5.1); depois passam para a mão de Cristo (5.7); depois, para a mão de um anjo (cf. 1.1 e 22.16); e finalmente, para a mão de João (10.10).

I  Pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra. “O pé direito de Cristo está sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra (10.2). Nesta figura audaz e gráfica que João nos dá do anjo forte, ele é apresentado como uma figura colossal com um pé na terra e o outro no mar. Como Senhor da criação, ele domina a cena por completo”. Três vezes o anjo forte é retratado como estando de pé sobre o mar e a terra (10.2, 5, 8), e esta repetição denota a ênfase divina. À Besta que tinha dois chifres se levantará da terra (13.11 e ss): a Besta com sete cabeças e dez chifres se levantará do mar (13.1e ss). Isso significa apenas poder parcial, em contraste com a pessoa de Cristo, pois sua mão divina alcança todos os limites do universo (cf. Mt 28.18). Seus pés sobre o mar e terra, significa domínio total de toda região (Dt 11.24; Js 1.3; Sl 8.6). Ele é Senhor do mar e da terra; é capaz de por-se de pé sobre uma vasta área; a mensagem que Ele traz alcançará toda a humanidade. Nada haverá de provincial ou localidade nesta mensagem que não seja atingida. O imenso domínio desse anjo aumenta com a descrição de sua “majestade” e “poder”.

3. “E clamou com grande voz, como quando brama o leão: e havendo
clamado, os sete trovoes fizeram soar as suas vozes”.



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“...clamou com grande voz”. Já tivemos ocasião de falar sobre ‘grande voz” em Ap 1.15b e alhures. Em alguns lugares ela indica uma proclamação em voz forte, clara, poderosa e compreensiva, que necessariamente chama a nossa atenção e exige algo de nós. Isso pode ser comparado com o versículo 15 do primeiro capítulo: a voz de muitas águas; capítulo 5.2 (outra voz forte como a do presente texto); capítulo 6.10; 8.13 e várias outras passagens. O termo “voz”, associado a visões diversas, aparece 46 vezes no Apocalipse (ver notas expositivas sobre isso em 1.15b. p.2)

I  Os sete trovoes. Os trovoes não foram proferidos pelo anjo forte, porque suas vozes seguiam o seu clamor. No texto em foco, os sete trovoes fizeram ecoar suas vozes como se fosse um eco retumbante de “améns” ao brado do anjo forte. Para alguns expositores do Apocalipse o simbolismo dos sete trovoes provavelmente depende literalmente do trecho do sl 29.3-9. Ali é descrito a voz de Deus, em sete aspectos, semelhante a trovão, a qual fala de vários “eventos estremecedores”. Por causa do artigo definido “os” e do número “sete”, as vozes dos sete trovoes têm sido interpretadas, como uma totalidade de vozes, a saber: (a) “A voz do Senhor ouve-se sobre as águas...”. V. 3; (b) “A voz do Senhor é poderosa...”. V. 4; (c) “A voz do Senhor é cheia de majestade...”. V. 4; (d) “A voz do Senhor quebra os cedros...”. V. 5; (e) “A voz do Senhor separa as labaredas do fogo...”. V. 7; (f) “A voz do Senhor faz tremer o deserto...”. V. 8; (g) “A voz do Senhor faz parir as cervas...”. V. 9. (Ver notas expositivas sobre isso no v. seguinte).

4. “E, sendo ouvidas dos sete trovões as suas vozes, eu ia escreve-las,
e ouvi uma voz do céu, que me dizia: Sela o que os sete trovões falaram, e
não o escrevas”.





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 “...Sela o que os sete trovões falaram”. O Apóstolo João entendeu muito bem o sentido da voz dos sete trovões, porém a exemplo de Paulo, lhe foi vedado escrever ou revelar a mensagem (cf. 2Co 12.4). O Trovão é símbolo de aviso, tanto neste livro como fora dele. Em outras passagens preliminares em que ocorrem trovões (8.5) e 11.19 e 16.18), são anúncios prévios de juízos da ira divina, o que provavelmente, se dá aqui também. No Apocalipse o trovão do hebraico “estrondar”. Ocorre 10 vezes neste livro.


I Os intérpretes históricos fazem suas interpretações neste ponto, a despeito do fato que a voz dos trovões foi “selada”. A noção mais comum entre eles é que os sete trovões falam sobre as “sete cruzadas cristãs”, que teriam por finalidade liberta a Terra Santa do domínio pagão. Cremos que essa forma de interpretação está dentro da lógica formal, mas não se coaduna com o argumento principal. O trovão no mundo antigo, era tido como uma “voz divina” de advertência. A voz de Deus, em muitos casos, se fazia ouvir como se fora um trovão: alguns compreenderiam o seu sentido, e outros não, tal qual temos em Jo 12.28-29. Observamos que os trovões neste livro do Apocalipse marcam o início e o fim de algum juízo (8.1, 5). Portanto, enquanto esses trovões são sete ou anunciam sete juízo separados, embora indefinidos (os quais sobrevirão durante o tempo da Grande Tribulação), eles introduzem o juízo da sétima trombeta (11.15). Novamente, quando do juízo da “sétima taça”, haverá trovões (16. e vs. 17, 18). Tal como no caso da identificação dos “trovões”, cremos que também é inútil especular por que essa visão não foi desvendada. O futuro haverá de deixar tudo claro.


5. “E o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a sua
mão ao céu”.

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“...levantou a sua mão ao céu”. Esta passagem é paralela à de Daniel(12.7), onde o “homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio... levantou a sua mão direita, e a sua mão esquerda ao céu, e jurou por aquele que vive eternamente...” Em razão deste juramento, feito pelo anjo do pequeno livro, alguns expositores acham que não seja o Cristo que está em foco nesta secção. Invocam para tal forma de interpretação Hebreus 6.13, que diz: “...quando Deus fez a promessa a Abraão, como tinha outro maior por quem jurasse, jurou por SI mesmo”; E, conseqüentem ente, Jesus sendo Deus (defendem eles), não podia jurar por outro, como fez o anjo do presente capítulo. Nosso ponto de vista nesta passagem é: Jesus levantando sua mão ao céu e jurando em nome do Pai, simplesmente: “jurou por SI mesmo” (cf. Jo 14.10, 11, 28). Portanto, isso diminui sua autoridade divina de ser igual a Deus e, sim de honrá-lo. A fim de proferir um juramento, como era costumeiro, talvez mostrando o “livrinho” que trazia na mão direita, levantou-se ao “céu”, lugar da habitação de Deus, chamando-O por testemunha


I  “A mão está levantada para a altura das estrelas; ele fala, e as regiões do firmamento ecoam com acentos poderosos assim como o deserto à meia-noite ressoa com o rugir do leão. A artilharia do céu é descarregada como sinal; um troar de sete trovoes espalha o alarme e prepara o universo para receber suas ordens. Para completar o quadro, e dar a mais elevada grandeza e também maior solenidade à representação, do significado do pensamento, ele jura por aquele que vive para todo o sempre”.


6. “E jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu
e o que nele há, e a terra e o que nele há, e o mar e o que nele há, que
não haveria mais demora”.

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 “...aquele que vive para todo o sempre”. A eternidade de Deus é
incluída no juramento do elevado poder angelical. Se define eternidade quanto aquilo que é infinito quanto ao tempo. O termo quando aplicado a respeito da pessoa de Deus, se refere a sua auto-existência, não conhecendo limites de anos ou de tempos passados, presentes ou futuros. Ele é duma eternidade a outra. “É duração, sem princípio nem fim; existência, sem limites ou dimensões, em qualquer tempo, sem passado ou futuro. Sua eternidade é juventude sem infância ou velhice; vida sem nascimento ou morte; é hoje, sem ontem ou amanhã”. A eternidade de Deus, é sem dúvida alguma, um sempiterno presente, ligando o hoje do tempo como se fosse o amanhã da eternidade. O Deus da Bíblia é o único que é absolutamente eterno, pois Sua existência não conhece princípio ou fim. Nesse sentido, a eternidade é um atributo peculiarmente Seu, e, no trono que permanecerá para todo o sempre. Ele há de permanecer para sempre em majestoso isolamento. Não há outro ser semelhante a Deus! Deus Filho também há de permanecer!


7. “Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta,
se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas, seus
servos”.

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(VER O CONTEXTO DESTE VERSÍCULO EM APOCALIPSE 11.15, QUE DIZ: “E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grande vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo...”).
 “...O segredo de Deus”. O Dr. Young define a palavra “mistério” como o que é somente do iniciado. Todos os espiritualmente iniciados podem compreender muitos mistérios das Escrituras (cf. 1Co 13.9-12). Usado exclusivamente no Novo Testamento (cerca de 27 vezes), João emprega a palavra quatro vezes:


I (a) O mistério das sete estrelas. Ap 1.20; (b) O mistério de Deus. Ap 10.7; (c) O mistério da grande Babilônia. Ap 17.5; (d) O mistério da Mulher. Ap 17.7. E além dos mistérios já abordados, temos, por exemplo: o mistério da Igreja (Ef 3.3); há o “mistério” da Redenção de Cristo, mediante a sua presença em nós (Cl 1.26). O “mistério” do presente texto é sem dúvida o que Paulo falou em Efésios (1.10), onde o grande desejo de Deus é “...congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tantas as que estão nos céus como as que estão na terra”. É, evidentemente, o estabelecimento do reino milenial de Cristo sobre a terra com poder e grande glória (cf. Ap 11.15 e ss).


8. “E a voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse:
Vai, e toma o livrinho aberto da mão do anjo que está em pé sobre o mar e
sobre a terra”.


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  “...toma o livrinho aberto”. A palavra “mar” literal ou figurada, ocorre cerca de 25 vezes no Apocalipse (4.6; 5.13; 7.1, 2; 8.8 (duas vezes), 9; 10.2, 5, 6, 8; 12.12; 13.1; 14.7; 15.2 (duas vezes); 18.17, 21; 20.8, 13; 21.1). Mas, nesta secção, o que chama a nossa atenção é a palavra “mar” citada antes da palavra “terra”, em lugar do habitual feito neste livro (cf. 7.1-3; 12.12; 13.11; 14.7; 21.1). É impossível interpretação satisfatória a todos nesta passagem; mas no sentido figurado, o “mar” citado em 13.1, é tomado como a parte primordial do mundo da Besta, enquanto que “terra” no versículo 11 do mesmo capítulo, indica a Palestina ou a Terra Santa. Assim, pois, ter o anjo colocado em primeiro lugar o seu pé sobre o mar, significa: o controle total do filho de Deus, sobre qualquer avanço das forças do mal, no mundo da Besta. Este versículo faz-nos retornar diretamente à cena de Ezequiel 2.1 e 3.3, que é uma passagem paralela à que esta em foco. As predições deste profeta, tal como o livro do Apocalipse, contém muitos itens lamentáveis de condenação, tragédia e ameaças para uma geração futura. No livro de Ezequiel, porém, é dito somente que o livro era doce, mas que a mensagem ali contida era amarga.


9. “E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho, e ele disse-me: Toma-
o, e come-o, e ele fará amargo o teu vente, mas na tua boca será doce
como mel”.

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 “...fará amargo o teu vente”. “Várias vezes nas Escrituras, a Palavra de Deus é comparada com alimento que deve ser assimilado. Portanto, o sentido inerente do texto, deve ser o mesmo sentido das palavras de Jesus em Jó 6.51-56, onde a “carne do Filho do homem” é comida, e seu “sangue” é bebida, que conforme se depreende do versículo 35, significa no pensamento de Jesus: Tomar posse da vida eterna. Ezequiel, como João, experimentou uma profecia doce- amarga (Ez 2.8 e 3.1-3). Da mesma forma, o profeta Jeremias teve de consumir a palavra da revelação divina (Jr 15.16)”. Para João, o comer, significa tomar posse da mensagem profética e transmiti-la de acordo com a vontade diretiva de Deus (cf. Jr 15.16; Ez 3.4; Ap 10.11). Notemos que primeiro o anjo disse: “...ele fará amargo o teu vente”. E no versículo 10 João diz primeiramente: “...na minha boca era doce como mel”. Parece a ordem lógica: o anjo, ao entregar o livrinho, preveniu-o do amargo, para evitar a João a frustração após a doçura do mel.

10. “E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era
doce como mel; e, havendo-o comido, o meu vente ficou amargo”.

“...tomei o livrinho”. Ele não deve ser interpretado como sendo o mesmo do capítulo 5: o livro selado (ainda que esteja já aberto como no v. 8); mas pode ser a continuação do mesmo M. S. S. Novah diz o que segue: “O Antigo Testamento foi escrito em hebraico e aramaico e essas línguas não poderiam ter uma palavra significando livro como entendemos atualmente...”. O vocábulo foi usado pela primeira vez por S. Crisóstomo no 4º século, embora se tenha também notícia que, o uso mais antigo de TA BIBLIA (‘os livros’) pelos cristãos, com esse sentido, segundo se diz, foi iniciado EM 2 Clemente 14.2 (c. de 150 d.C.) Onde lê-se as seguinte frases: “...os livros e os Apóstolos declaram que a Igreja Primitiva tem existido desde o principio”. Dispunham, entretanto, das palavras significando “escritura” e “rolo”. João, escrevendo em grego, usou a palavra “biblos’ (de onde se origina “bíblia’’ e “biblioteca”), que veio a indicar o livro em sua forma moderna. Este do presente capítulo é retratado pelo anjo como sendo “pequeno”, embora sua mensagem fosse grande como o universo todo.

11. “E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos,
e nações, e línguas e reis”. 

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“...importa que profetizes outra vez”. Nada é dito sobre o pequeno rolo– o livrinho aberto. Expositores renomados pensam tratar-se do livro por excelência aberto a todos os “povos, e nações, e línguas e reis”: A Bíblia. Talvez essa, a pequena parte entregue a João, profetizando a todos os povos e cuja compreensão está hoje aberto a todos os que a escutam, seja o Apocalipse! Se assim for, não fechemos o grande livro de Deus.


I  povos, e nações, e línguas e reis. Essa enumeração com leves variações, vista no texto em foco, tem sentido de “universalidade”, aplicável a todos os seres humanos; acha-se também sete vezes no Apocalipse, em diversas conexões (5.9; 11.9; 13.7; 14.6; 17.15) e, ao mesmo tempo, aponta para o “retorno” de João da “Ilha de Patmos” (1.9) com uma nova mensagem a toda a criatura. Neste versículo, “reis” aparece em lugar da palavra usual, “tribo”. Provavelmente, como observa o Dr. R. N. Champrin, Ph, D isso é uma antecipação de Ap 17.10, 12. Assim sendo, Cristo, ao voltar, será governante de todos os reis e príncipes da terra, pois é “Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (19.16). Alguém pode perguntar: Não era João tão velhinho? Teria ainda condições para grande caminhadas? Para transpor os mares em busca de nações e reis? Teria ainda forças para profetizar diante de muitos povos e línguas? O Apóstolo não sabia. Mas escreveu. E aí estão as palavras do versículo (“11”)! Em quase todas as línguas do mundo, João está falando hoje. E assim tem falado diante de muitos povos, nações, línguas e reis!. 


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